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Primavera de Marta - Mensagem do dia 02/12/2021


Não existe pessoa alguma que se possa eximir das ocorrências difíceis da vida terrestre.


Desde que pisa ao solo do planeta de provas e expiações, a cada passo experimenta os desafios próprios da condição humana e carpe sua cota de dores nas trilhas do mundo.


A miséria que enlouquece.


A enfermidade que inquieta.


O abandono e a solidão que sufocam.


A ingratidão que magoa.


E quando a vida parece refrigerar as provações amargas, diminuindo as incertezas e dilatando horizontes de possibilidades, novas inquietações surgem de inopino, abrindo crateras de medo e sofrimento na estrada de muitos.


Apavorados, muitos fogem para as religiões, numa tentativa desesperada de abrir o canal de comunicação com Deus, suplicando o desvio da taça do intragável vinho.

Outros, não encontrando saída, atiram-se ao suicídio covarde, buscando o desligamento da dor que os devora, intérmina.


Mais alguns se entregam às dissipações, tentando anestesiar uma consciência.


Raros buscam equacionar o porquê das dores, refletindo sobre sua pedagogia educativa da alma em lapidação.

Estas são sempre a visita indesejável e inoportuna, causando desconforto e aflição.


Seja como for, em marcha vagarosa pelos caminhos insondáveis ​​da evolução, vamos compreendendo que o sofrimento é processo educativo, a justiça divina é exata e justa e Deus jamais comete arbitrariedades com Seus filhos.


As múltiplas existências se encadeiam, ofertando a cada um o resultado de suas ações.

Em meio ao caos, o refrigério sempre surge por acréscimo de bondade da Misericórdia Excelsa.


A doença é extinta pelo remédio.


A solidão encontra um amigo.


A madrugada se diluiu ao sol de um novo dia.


Um afeto inesperado surge, diminuindo a aridez da indiferença.


O prato de sopa suprime a fome.


Pessoa alguma caminha sem amparo na retaguarda, onde no anonimato muitos corações e afetos da longa estrada se postam em auxílio e amparo para que o aprendiz não desista das lições. Inspiram ideais.

Sustentam as quedas prováveis.

Secam lágrimas nas horas difíceis.

Renovam a esperança nos momentos do sono, onde as almas cativas do corpo se desdobram do fardo material e reencontram os já libertos pelos "habeas corpus" lavrados pela morte.


Laços de amor se consolidam.

Amigos apertam vínculos de amizade.

Parentes se fortalecem no amparo mútuo.


Em te percebendo sob o látego da amargura, os ferretes das aflições e como algemas do abandono, recorda Jesus.

Transitou no mundo sem família direta, elegendo os amigos e discípulos como Seus irmãos de ideal.

Serviu sem esperar paga.

Compreendeu sem recíproca.

Consolou a famosos de aflitos e desenganados pelo mundo.

E quando mais precisou de auxílio, ante o julgamento arbitrário e a condenação injusta, apenas na súplica de um ladrão encontrou alguma réstia de solidariedade.


Nada devia às leis.


Conduta imaculada.


Nobreza espiritual sem qualquer comparação com a nossa inferioridade.


E mesmo assim não se furtou aos testemunhos que os homens lhe impuseram.


Mesmo chorando, avança!


Desamparado, ampara alguém em pior situação.


Envolto em sutil trama das sombras, ora e acende tua luz íntima, aguardando o veredicto da vida.


Ninguém fugirá do acerto de contas com a contabilidade divina.


E ante a proximidade do Natal, que é Seu renascimento entre os homens e mulheres que não O esqueceram, renova ao lado do berço improvisado teus propósitos de fidelidade e paciência, trabalho e dedicação à construção do Reino de Deus, a começar de teu próprio exemplo e conduta na escola do mundo.


Marta

Salvador, 02.12.2021

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