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Primavera de Marta - Mensagem do dia 15.11.2021


Em rudes experiências de melhoria progressiva nos círculos evolutivos da Terra, é muito natural que o aprendiz busque referências em paradigmas que lhe estejam próximos. Os pais constituem para os filhos o primeiro modelo que encontram na vida. Imitam-lhe os gestos, o vestuário, as frases proferidas, consolidando pouco a pouco a própria personalidade.


Interagindo gradativamente com a sociedade, passam a se refletir nos colegas de classe, nos heróis dos quadrinhos, mitos do cinema e da música com o qual se identificam. O cabelo, utensílios e adereços sobre o corpo dão o toque do espelhamento com que buscam incorporar valores do outro na própria existência. É o tempo da autoafirmação, definindo rumos de comportamento psicológico que o vão acompanhar pelo resto da existência.


Adultos, passamos a refinar as escolhas dos paradigmas, levando em conta a maturidade que vai despontando com os anos, as experiências hauridas na convivência, agregando valores que nos distinguem uns dos outros.


Mas como temos necessidade de eleger alguém que nos afirme a segurança no mundo, os grandes vultos da fé passam a ser outra galeria onde buscamos eleição de alguém que venceu os desafios existenciais de seu tempo.


Apolônio de Tiana, Paulo de Tarso, Simão Pedro, Francisco de Assis, Damião de Veuster, Tereza de Ávila, madre Tereza de Calcutá e muitos outros passam a se constituir em vultos que balizam nossas referências no campo da ética e dignidade.


Sem sombra de dúvidas que caminhar sobre as incertezas do mundo é desafiador para todos nós, os Espíritos em luta constante contra as próprias imperfeições. Muitas vezes não sabemos que direção tomar ou que atitude adotar perante situações da vida comum, e quando refulge em nossa consciência alguém que sorveu o fel da amargura, procuramos nos identificar com suas disposições, imitando de alguma maneira o mesmo comportamento.


Não seja de estranhar que Jesus permaneça a maior referência de ética e nobreza que a história destaca no curso vagaroso dos milênios sem fim.


Sua biografia não registra um único senão. Nenhuma fuga dos deveres que lhe cabiam no mundo das inquietações humanas. Convivência austera entre dissoluções várias. Resiliência superior onde muitos fraquejaram, fascinados pelos tesouros passageiros do mundo.


Numa época de tantas viciações, Ele se firma numa vida despossuída de ufanias e luxo, optando pela convivência entre os infelizes e aflitos da estrada comum.


Tudo sofre, tudo suporta, tudo perdoa.


A ninguém prejudicou, auxiliando com o que tinha em favor das massas esfaimadas de esperança e sedentas de compreensão.


Dividiu a história e nunca mais foi esquecido.


Ainda hoje, numa sociedade que insiste em esquecê-Lo, faz-se refrigério nas horas difíceis e bálsamo nos momentos amargos.


Cercados de tecnologia de ponta, embriagados de posses efêmeras, muitos empreendem fugas psicológicas de Sua mensagem, O negando uma vez mais. E qual o bom pastor, Ele se desdobra em localizar a ovelha perdida da casa de Israel, a trazendo em segurança para o rebanho.


Os modelos do mundo, feitos quase sempre de cera, se dissolvem ao ardor das chamas da vaidade pessoal. Outros, mergulham nos corredores sombrios da drogadição, ultimando seus dias ilusórios no suicídio covarde. Muitos, trafegam na passarela dos escândalos, com que deslustram a própria biografia.


Observa o mundo que te cerca, mas toma cuidado na escolha de teus heróis.


Usa do bom senso e da ponderação na reverência que prestes a esse ou aquele vulto passageiro dos tempos modernos.


Envolto em sombras densas, raras criaturas no mundo possuem luz própria, com que alumiam a estrada por onde transitam nesses dias de inquietação e medo.


Na dúvida, evoca Jesus.


Recorda da chegada D'Ele numa manjedoura humilde e da saída numa trave de dor.


Sem ufanias mundanas e sem apegos ilusórios, fez do amor a mais alta lição para uma vida feliz.


Deu-se em holocausto por amor ao ideal que trazia da vida maior para ofertar ao mundo o mais alto padrão de dignidade que se conhece até hoje.


Ante um mundo em soçobro moral, adota-O como teu modelo e guia, toma tua cruz e sobe o monte de tua sublimação.


Pode o mundo te esquecer.


Ele, nunca!


Marta

Salvador, 15.11.2021

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